quinta-feira, dezembro 15, 2011

Secretaria federal para mulheres será mantida, afirma Dilma

São Paulo – A Secretaria de Políticas para as Mulheres será mantida e irá preservar a condição de ministério, segundo a presidenta da República Dilma Rousseff. Ela desqualificou os rumores de que a pasta seria incorporada à de Direitos Humanos, conforme especulado pelo noticiário sobre uma provável reforma ministerial esperada para o início de 2012. A declaração de Dilma foi feita na abertura da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília, na segunda-feira (13).

"Não há qualquer veracidade nas notícias que falam sobre a extinção ou fusão da secretaria", afirmou. Dilma disse ser uma "aliada incondicional" na luta por direitos iguais entre homens e mulheres rumo a "um Brasil mais justo". Ela diz que pretende "continuar avançando com a secretaria que defende os direitos das mulheres, que é fundamental para o governo da primeira mulher eleita presidente do Brasil".

Dilma não detalhou se a ministra Iriny Lopes será mantida no posto. Em sua participação, a atual ministra lembrou que o Brasil obteve conquistas importantes no combate à violência contra as mulheres. Mas falta avançar em questões como a construção de creches – importantes para a inserção feminina no mercado de trabalho – e o fim das diferenças de remuneração entre os gêneros.

Além do fato inédito de uma mulher comandar o país, Dilma enxerga outros avanços no mundo, especialmente no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). A criação da ONU Mulheres, comandada pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, e o fato de Dilma ter feito o discurso de abertura na Assembleia Geral do organismo, fizeram de 2011 um ano marcante nesse sentido.

A conferência reúne 3 mil mulheres, eleitas em etapas estaduais e regionais do processo. Ao todo, 200 mil pessoas participaram em todo o país de reuniões para discutir diretrizes para políticas voltadas à igualdade de gênero no país. Na cerimônia de segunda, nove ministros – incluindo quatro homens –, deputadas federais e secretárias estaduais e municipais de políticas para mulheres também participaram.


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