As mulheres conseguiram notáveis
vitórias nos últimos anos em sua luta histórica pela inserção no mercado de
trabalho. Deixaram de ser simples dona de casas, quando sua vida girava em
torno do grupo familiar (filhos e marido) e passaram a ser chefes de família. Conseguiram
se inserir em todos os mercados de trabalho, não existindo mais restrições para os homens e mulheres, a
não ser é claro nas Forças Armadas brasileiras.
Nas Forças Armadas, mais propriamente
na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, existe. Elas conseguiram
a sua inserção nesse nicho de mercado à conta gotas: podem ser apenas 10% do
efetivo operacional dessas Corporações.
Nos perguntamos: qual o parâmetro
objetivo adotado pelo poder executivo mineiro para fixar o patamar de 10 % de mulheres para o preenchimento das
cotas do efetivo de policiais e bombeiros militares. Quais foram os estudos
científicos feitos para chegar nesse patamar místico de 10 %.
Diante desse quadro das corporações
militares mineiras, traço um paralelo com o Exército Vermelho Soviético que era
composto por homens e mulheres, e numa nítida situação de inferioridade,
conseguiram impedir o avanço nazista em direção à tomada de Moscou.
Os oficiais soviéticos tomaram uma
decisão acertada ao admitirem mulheres em suas fileiras. Elas não estavam lá
para atender à legislação de cotas, mas sim imbuídas no dever sagrado de
defender sua pátria.
Nosso governador deveria analisar a
história do mundo e verificar que as mulheres em diversas oportunidades já
demonstraram a sua capacidade de luta.
Apenas para ilustrar, segundo vários
estudos feitos na atualidade a população carcerária feminina é a que mais cresce. Muito mais que 5 % ao
ano.
Em inúmeras oportunidades os policiais
militares masculinos tiveram e têm dificuldades para realizar procedimentos de abordagem em
mulheres pelo fato de não haver mulher na guarnição ou na Companhia no horário
específico. O que corrobora a necessidade de um efetivo maior.
Limitar a entradas de mulheres nas corporações
militares mineiras ao ínfimo percentual de 10 % significa uma prova cabal da
incompetência do Estado em ver o óbvio: as corporações militares mineiras
precisam de mais de 10 % de mulheres em seu efetivo operacional.
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