sexta-feira, novembro 25, 2011

DIA INTERNACIONAL DO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

Em pesquisa da AVON/IPSOS, 59% dos entrevistados declararam conhecer alguma mulher que já sofreu agressão (65% das mulheres e 53% dos homens). Desses 59%, 63% fizeram algo para ajudar, sendo que as mulheres entrevistadas foram mais proativas com as vítimas. 44% conversaram com elas, 28% orientaram a buscar ajuda jurídica ou policial/serviço de ajuda especializado. Seis em cada dez entrevistados conhecem alguma mulher que sofreu violência doméstica.
A violência contra a mulher é uma questão que perpassa por tantos vieses que nos é impossível determinar apenas uma origem. Começa, talvez, na infância com o estereótipo de mulher que a sociedade deseja e em cujos padrões é educada. Padrões esses que a preparam para o casamento, a maternidade e a administração do lar.
Continua ao longo da vida com a construção do papel social da mulher, e do homem, em que ele provê o sustento da família e ela administra o lar. Assim é histórica a quantidade de relatos de mulheres que se submetem a serem espancadas por seus maridos, companheiros em nome da manutenção da família e da dependência econômica, ou seja, de outra forma, não têm como alimentar seus filhos.
Hoje, apesar de receber a mesma educação que suas avós, há uma nova mulher em construção,  que percebe que não precisa ter como verdades absolutas os padrões de comportamento repassados por sua sociedade; que existem outras culturas, umas mais, outras menos evoluídas,  que tratam a mulher de diferentes modos. Isto a permite escolher que  tipo de mulher deseja ser.
E a mulher que hoje desejamos ser nem sempre satisfaz às expectativas dos homens que possuem vínculo familiar ou afetivo conosco. Muitas vezes esses homens foram educados para nos verem como  propriedade; assim,  por acharem que devemos  obedecer cegamente  às suas ordens e desejos, usam do artifício da força bruta para submeter-nos.
HOJE, dia, em que o combate à violência contra a mulher ganha maior visibilidade através da marca do Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres, a AMPROSEG – Associação das Mulheres  Profissionais de Segurança Pública  de Minas Gerais, por seu histórico de lutas em defesa dos direitos e emancipação da mulher conclama  todas as mulheres  a se perguntarem, em que suas ações ou omissões têm contribuído para proliferação dessa violência e de que forma poderão contribuir para erradicá-la, quer seja na prevenção, através de uma melhor condução da educação de seus  filhos, quer seja no combate efetivo à violência: arregaçando as mangas: denunciando-a e exigindo do Estado políticas públicas e leis mais eficazes. 

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