terça-feira, abril 26, 2011

AMPROSEG COMEMORA DIA NACIONAL DA MULHER

Juntamente com um grupo de mulheres pioneiras Jerônima Mesquita  fundou o Conselho Nacional das Mulheres, em 1947, no Rio de Janeiro. O Conselho Nacional de Mulheres do Brasil (CNMB) é organização cultural, não governamental, que tem por objetivo a defesa da condição da mulher.
Entre as conquistas do Conselho estão o direito ao voto, as fundações da Pró-Mater, Hospital Beneficente destinado a acolher gestantes pobres, e da Associação Cruz Verde, que lutou contra a fome, a febre amarela e a varíola no início do século 20. A Lei 6.791/80, que criou o Dia Nacional da Mulher só foi sancionada por João Batista Figueiredo, após a data ter sido aprovada no Congresso Nacional em vista da mobilização de 300 mulheres, em 1972, que consideravam oportuno ter mais uma data, além do Dia Internacional da Mulher.
Jerônima foi responsável pela fundação do Movimento Bandeirante no Brasil, em 1919. a criação do Movimento Bandeirante no Brasil foi um reflexo das mudanças ocorridas no decurso da I Guerra Mundial, quando a mulher alcançou certa emancipação, por ter participado de responsabilidades até então reservadas exclusivamente para os homens. As atividades eram essencialmente aulas de primeiros socorros, enfermagem e puericultura.
Jerônima destacou-se por sua atuação como feminista, sufragista e assistente social. Foi uma mulher de fibra que não se deixou intimidar pelas regras sociais elaboradas e imposta pelos homens. De família rica, dedicou sua vida a ajudar mulheres que tinham muito menos que ela. Andou entre doentes e ajudou a aplacar a dor dos feridos durante a I Guerra Mundial. Buscou justiça através da igualdade de homens e mulheres perante a lei. Sua luta e de suas companheiras, como Bertha Lutz possibilitaram que muitos avanços sociais e políticos fossem conquistados pelas mulheres no Brasil.
Depois de tantas décadas de luta pelos direitos da mulher e contra a injustiça, a leopoldinense Jerônima Mesquita faleceu na cidade do Rio de Janeiro, onde morava, em 1972. Quando foi finamente aprovada a lei que instituía o dia Nacional de Mulher, ficou decidido que este dia seria 30 de abril, data de seu nascimento.

Fonte:
http://historiadoensino.blogspot.com/2009/07/jeronima-mesquita-e-luta-pelos-direitos.html

segunda-feira, abril 04, 2011

VOCABULÁRIO FEMININO

Leila Ferreira


Se eu tivesse que escolher uma palavra – apenas uma – para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos – e merecemos – ter.


Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes – isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.


E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia – não importa – e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.


Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada – faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.


Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.


Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.


E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.


E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.